domingo, 11 de março de 2012

KUAN YIN ARMADA

Kuan Yin Armada










Na primeira vez que vi um quadro pintado a

óleo, de origem tibetana e de mais de 200 anos, no qual Kuan Yin

aparece com muitos braços e diferentes armas, fiquei intrigado. Por

que Kuan Yin precisaria de armas? A resposta, de um velho monge, foi

clara: Kuan Yin é um ser especial, cuja missão é a compaixão, o perdão

e difundir o amor incondicional. Então perguntei: e as armas? O mundo

espiritual não é constituído só de anjos do bem. Existem os nossos

irmãos que se juntam ao outro lado da luz para adquirirem poder

pessoal, ligado ao mundo material. Então, quando Kuan Yin recebe um

chamado e necessita descer aos infernos para resgatar alguém, ou mesmo

resgatar um demônio temporariamente envolvido pela força do outro lado

da luz, ela se veste de acordo com essa necessidade. Como os demônios

aparecem sempre de forma a amedrontar e a intimitar quem eles abordam,

geralmente o fazem através do medo e da intimidação. Para isso

materializam armas - espadas, foices, tridentes, facas etc. Kuan Yin

então materializa o espelho dessas armas para que eles se sintam

intimidados, abram passagem e se precisar ela os enfrenta assim mesmo

porque ela sabe que durante um enfrentamento desses ela pode convercer

o irmão equivocado a voltar para a luz. Não existe limite para a

compaixão e o perdão e ela não mede esforços nesse sentido. Não é

à-toa que Kuan Yin já recusou inúmeras vezes o chamado da Grande

Fraternidade Branca para permanecer em outras dimensões. Ela sempre

responde que não largará a Terra enquanto houver sofrimento e pessoas

que necessitam conhecer o perdão, a compaixão e o armor incondicional.

Por isso ela aparece de diversas formas, de acordo com a necessidade

do local, das pessoas, e da época, assim como o faz a Mãe de Jesus.

Então, em qualquer circunstância, o chamado por Kuan Yin será atendido

— e nem sempre a resposta é aquela que a gente quer. O mundo

espiritual sempre ver tudo de uma ótima maior, tanto os irmão do bem

quando os do outro lado. Kuan Yin é sutil, versável. Por exemplo, ela

tem a facilidade de passar do masculino para o feminino e do feminino

para o masculino, manifestando a sua energia de amor incondicional por

todos os seres humanos porque ela sabe que todos somos igual diante de

Deus, não importa a forma e a aparência física. Uma das histórias de

Kuan Yin mais famosas é a de um pesquisador europeu que se perdeu no

interior da China, à procura dos templos e do culto a Kuan Yin. Ele se

perdeu no meio de uma tempestade de chuva forte, numa época em que o

transporte era o lombo do cavalo. Ele era católico e devoto de Santa

Bernadete. Então, se ajoelhou no chão e pediu ajuda a Santa Bernadete.

Em poucos instantes apareceu uma mulher mostrando a ele o caminho de

uma gruta para passar a noite. Não deu tempo de agradecer e a mulher

sumiu. Ele puxou os animais naquela direção e encontrou uma caverna

confortável até para os animais. Dormiu. Quando acordou, pessoas que

iam na caravana disseram que havia um vilarejo ali perto e um templo.

Seguiram para o vilarejo e ele foi direto ao templo, que seria em

homenagem a Pu Sa (um dos nomes de Kuan Yin). Quando entrou no tempo,

que surpresa! A santa no altar era exatamente aquela mulher que havia

mostrado o caminho da gruta na noite anterior — e ele pensava que era

Santa Bernadete. Isto é, Kuan Yin apareceu da forma que ele precisava

acreditar e ver. A história da aparição está registrada no livro de

Martin Palmer, Jay Ramsay e Man-Ho Kwok, editado em 1995, Londres.

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